“...eu subi na árvore, que tinha uma
base forte e muitos galhos novos, ainda frágeis, e mesmo que alguém dissesse – cuidado,
vai quebrar... eu estava me equilibrando ali”. Na árvore tem
muitos galhos novos, como novas idéias dentro de mim - ouvi de quem relatou
esse sonho.
Vivemos num
mundo onde racionalidade, objetividade e utilidade se sobrepõem à subjetividade
e ao sentido verdadeiro, como norte de nossos atos e decisões cotidianos. Mas será
esse o melhor caminho para reconhecer o que se quer?
Desde que
nascemos aprendemos a barganhar o amor e a aprovação dos que nos rodeiam em
troca de comportamentos e atitudes esperados de nós. Nesse processo muitas
vezes não aprendemos a escutar o que nós queremos de verdade. Então vamos
vivendo na balança entre acatar e atacar os que nos dizem o que fazer.
Quando
começamos a olhar para dentro e vamos conseguindo identificar a voz que fala no
mais profundo do nosso peito, do nosso estômago, do nosso eu, um mundo de
possibilidades abre-se para nós.
O exercício
de escutar essa voz mais profunda que fala em nós, indicando a melhor direção a
seguir a cada momento, exige Coragem.
Coragem de
acreditar mais em nós e menos na opinião das outras pessoas. Coragem de seguir
em direção ao que queremos de verdade, correndo risco de desagradar alguém que
queremos muito bem, mas que nem por isso tem direito ou razão de definir como
devemos conduzir nossa própria vida. Coragem de mudar.
E na medida
em que nos equilibramos nesses galhos novos, nascidos da nossa voz mais
verdadeira, a vida vai ficando mais leve, mais segura, mais feliz! E os que
amamos passam a reconhecer em nós a beleza do saber o que se quer de verdade.
publicado na Revista Expressa Mais! de Abril/2012
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