Hoje vi que o Magro, do grupo MPB4 faleceu aos 68 anos,
vitima de um câncer, fique muito triste...
E, por incrível que possa parecer, as duas notícias me
trouxeram um sentimento de saudade, saudade do que já foi, saudade do tempo em
que estávamos “sem lenço, sem documento” brigando por algo que acreditávamos,
pela liberdade de expressão, pela igualdade dos direitos, pelo direito de amar
quem quer que seja e, ao mesmo tempo, saudade da pessoa que fui e do que
poderia ter sido... Saudade de ter pela frente a ilusão de que tinha a capacidade
de mudar o mundo... como é bom esse sentimento, por mais ambicioso e presunçoso
que ele possa ser!
Com o passar dos tempos, me deparo com a questão de que não
só não consegui, e não conseguirei jamais, mudar o mundo, como estou “pelejando”
para mudar a mim mesma, como o Sisifo que todo dia rola a pedra montanha acima
e vê a pedra rolando de volta...
Então me vem à mente uma das frases que gosto
muito “você faz as suas escolhas e elas te fazem”... sim, estou tentando mudar
algo que eu mesma escolhi! Será ??? Sim, é tudo muito embolado e interligado,
o caminho e as escolhas que fiz durante a minha vida me trouxeram até esse
ponto, mas agora está no momento de voltar simbolicamente em algumas
encruzilhadas da vida e re-significar algumas escolhas e deixar para trás
algumas “pedras” que carreguei ao longo dessa vida ...
É aí que a saudade
volta, você olha para tudo que carregou ao longo dessa vida, separa o que vale
a pena ficar, se despede do que não lhe cabe mais e, simplesmente, deixa rolar
morro abaixo, sabendo que tudo foi importante para tornar a pessoa que você é
hoje!
E neste ponto eu olho para o lado e percebo que não estou
sozinha nessa tarefa, pois tem várias pessoas nesse mesmo exercício e, neste
ponto, espero que cada um sinta a delícia de se saber único e ao mesmo igual a
todos que o cercam...
E assim é a vida,
uma delícia de viver !!!
Essa postagem é uma deliciosa contribuição da minha amiga Lucia Navarro, psicoterapeuta junguiana e coach que atende em São Paulo.
Essa postagem é uma deliciosa contribuição da minha amiga Lucia Navarro, psicoterapeuta junguiana e coach que atende em São Paulo.
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